Bolivianos vão às urnas dia 17 de agosto eleger presidente e congresso
As eleições estão marcadas para 17 de agosto de 2025, com um eventual segundo turno previsto para 19 de outubro caso nenhum candidato obtenha maioria absoluta.
Serão eleitos o presidente, o vice-presidente, os 130 membros da Câmara de Deputados e os 36 senadores.
A eleição ocorre em meio a uma profunda crise econômica: inflação em patamar histórico, escassez de combustíveis e queda nas exportações de gás.
O partido dominante nas últimas décadas, o Movimiento al Socialismo (MAS), enfrenta forte queda de apoio e fragmentação interna.
Os principais candidatos no momento são:
Samuel Doria Medina (centro-direita, bloco Unidade)
Jorge "Tuto" Quiroga (direita, ex-presidente)
Andrónico Rodríguez (ex-MAS, atual presidente do Senado, agora no novo partido Alianza Popular)
Urna em Corumbá, Mato Grosso do Sul (Brasil)
O único local de votação habilitado no Mato Grosso do Sul para bolivianos residentes será em Corumbá, no Consulado da Bolívia (localizado na Rua Sete de Setembro, Delamare, esquina com Avenida General Rondon).
A estimativa é de que residam entre 12.000 a 13.000 bolivianos em Corumbá (embora não haja censo oficial) e que 289 eleitores estejam habilitados a votar, com apenas 5 inabilitadas.
A votação seguirá o mesmo horário oficial da Bolívia: das 8h às 16h.
Eleitores no exterior poderão votar apenas para os cargos de presidente e vice-presidente, não para senadores ou deputados.
O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) da Bolívia habilitou votação em 154 recintos em 22 países, incluindo o Brasil.
Estima-se que aproximadamente 369.000 bolivianos no exterior estejam habilitados a votar, representando cerca de 4,6% do eleitorado nacional.
O TSE priorizou países com maior concentração da diáspora, como Argentina, Brasil, Chile, Espanha, EUA e Itália, devido ao alto custo da operação — estimado em cerca de 4 milhões de dólares.
A crise de câmbio (escassez de dólares) representa um obstáculo logístico e financeiro significativo, colocando em risco a viabilização das votações no exterior.
Apesar dos desafios, o presidente do TSE reafirmou o compromisso com a realização do pleito em 17 de agosto, ressaltando sua importância para superar a crise social e política do país.
Da redação com informações El Deber
