O redemoinho do fogo formado neste final de semana
em uma fazenda no Pantanal Sul, chamou atenção de todos. A velocidade
surpreendeu os bombeiros que combatiam as chamas, fazendo os recuar, devido a
periculosidade.
De acordo com informações do MetSul, apesar de
parecer algo fora do normal, o fenômeno não chega a ser incomum no Centro-Oeste
do Brasil. O redemoinho se forma quando as chamas adquirem velocidade e criam
um vórtice vertical, originando uma espécie de tornado de fogo. O excesso de
calor e a baixa umidade relativa do ar são as condições necessárias para
formação.
A professora e pesquisadora Dra. Joana Carolina da
Silva, que integra o grupo de pesquisadores do Observatorio Pantanal, que
nasceu e sempre morou no Pantanal, nos conta que nunca viu um redemoinho de
fogo. Mas que os redemoinhos de ventos são frequentes no bioma, principalmente
em áreas de campo aberto.
Entretanto, na última visita técnica que fez na
rodovia Transpantaneira, no início de setembro, ela viu cerca de 10 redemoinhos
em poucas horas e a equipe não estava em uma área aberta. "Antigamente
víamos no máximo um por dia, nunca dessa maneira. Aumentou a quantidade e a
velocidade, estão muito mais rápidos", relata a professora.