O líder do governo na Câmara, o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), disse hoje que a situação do Brasil na pandemia do coronavírus "não é tão crítica" comparada aos outros países. "É uma situação até confortável", afirmou o parlamentar, em entrevista à GloboNews. As declarações de Barros foram feitas um dia depois de o Brasil atingir o maior número de mortes em um único dia desde o início da pandemia. De acordo com o consórcio de imprensa, do qual o UOL faz parte, ontem o país teve 2.798 óbitos provocados pela doença. No total, 282.400 pessoas já morreram no país em decorrência da covid.
"É natural que haja nesse momento, de pico de pandemia, um repique da pandemia. Não esperávamos ter esse aumento de casos, e acontece mundialmente. Já estamos com o sistema de UTIs mais estruturado, mas ainda assim temos tido, em alguns lugares, o esgotamento da rede", disse ele, que foi ministro da Saúde no governo Michel Temer (MDB). O deputado tentou amenizar as responsabilidades do governo federal na gestão da pandemia. Ao comentar a pesquisa Datafolha divulgada hoje mostrando recorde da rejeição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na gestão de crise sanitária, o parlamentar se limita a dizer que trata-se de "uma critica permanente das decisões do governo"..
"Nosso sistema de saúde responde, está melhor no tratamento às pessoas do que a maioria dos países de primeiro mundo (...) Estamos com vários contratos de entrega de vacinas e alguns estão atrasados, para o mundo todo. Mesmo a Organização Mundial da Saúde não está conseguindo cumprir o seu cronograma de entregas de vacinas " - Ricardo Barros.
Para o governista, as ações na pandemia não dependem apenas do governo federal. Ele diz que as decisões são discutidas conta com representantes dos governos estaduais e municipais. "A maioria dos municípios tem gestão plena da saúde, alguns não. Então, prefeitos, governadores e a União têm responsabilidade (...) Recentemente, o governador Doria mandou fechar os municípios, as praias, e os prefeitos não obedeceram. Então, o comando do governo federal não é automaticamente cumprido na ponta pelos estados e municípios", defendeu. Novo ministro Ao falar do novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, Barros diz acreditar que ele fará uma boa atuação à frente da pasta. O deputado enxerga.
Colaboração para o UOL, no Rio 17/03/2021 .