Articulação
entre o Governo do Estado e o Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de
Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniências de Mato Grosso do Sul)
garante aos consumidores o congelamento da pauta fiscal da gasolina, que é o
preço médio ponderado que serve de referência para a cobrança do ICMS. Isso vai
representar uma economia de R$ 0,15 no preço do combustível, que só em 2020
teve 19 reajustes autorizados pela Petrobras.
Durante reunião com dirigentes do
Sinpetro, o secretário de Governo e Gestão Estratégica, Sérgio Murilo,
enfatizou que, como o reajuste de preços dos combustíveis é definido pela
Petrobras, caso sejam concedidos novos aumentos o Governo do Estado não tem
margem de manobra para adotar medidas que amenizem o impacto ao consumidor. Num
possível cenário de novas autorizações de majoração dos valores, o secretário
disse que será necessário haver um diálogo com a direção da Petrobras.
“O que o Estado pode fazer para
contribuir para ajudar o consumidor é congelar a pauta fiscal da gasolina, num
primeiro momento durante 15 dias, e depois vamos avaliar os reflexos disso para
o consumidor”, afirmou Sérgio Murilo. Segundo ele, o Sinpetro solicitou que a
pauta fiscal fosse mantida nos próximos 60 dias, mas essa possibilidade será
analisada após a verificação se a medida repercutiu em benefício do cidadão.
O titular da Secretaria de
Governo e Gestão Estratégica (Segov), Sérgio Murilo, disse que foi determinado
para que o Procon monitore os preços dos combustíveis diante desse congelamento
da pauta fiscal da gasolina. O órgão de defesa do consumidor estará apurando
também o motivo do consumidor estar pagando mais caro pelo litro do etanol, já
que a Petrobras autorizou aumento somente da gasolina e do diesel.
O gerente
Executivo do Sinpetro, Edson Lazaroto, agradeceu e elogiou o Governo do Estado
pela rapidez na tomada da decisão sobre a questão. “Com certeza, se fossemos
equiparar o preço de pauta o preço do combustível iria para R$ 5,50 e isso
acarretaria num aumento de R$ 0,15 no imposto e isso não será repassado (para o
consumidor) porque o Governo decidiu congelar. Então, agradecemos a pronta
intervenção do Governo do Estado em nos apoiar nesse sentido e isso reverterá,
com certeza, no bolso do consumidor”, afirmou Lazaroto.
Ele observou que essa
estabilização de preços no mercado de combustíveis depende também da estatal
brasileira da área de petróleo e gás. “Dependemos muito da Petrobras, se ela
não passar nenhum aumento, possivelmente teremos dias de sossego”.
Também participaram da reunião o
adjunto da Segov, Flávio César, e o diretor Financeiro do Sinpetro, Marcelo
Batistella.
Redução
ICMS
No ano passado o Governo do
Estado reduziu o ICMS do etanol de 25% para 20% com o objetivo de estimular o
consumo do etanol em substituição à gasolina. E em 2020 o consumo do produto
aumentou em 40,9% comparado com o registrado em 2019, chegando a 144 milhões de
litros.
Mato Grosso do Sul tem o quinto
menor preço do etanol entre os estados brasileiros, ficando atrás de São Paulo
(R$ 3,142), Mato Grosso (R$ 3,185), Minas Gerais (R$ 3,259) e Paraná (R$
3,305). E tem a quarta menor alíquota de ICMS do país para o álcool combustível
– em São Paulo o ICMS para o produto é de 13,3%; Minas Gerais (16%) e Paraná,
com 18%.
Mato Grosso do Sul é também um
dos estados com menor ICMS sobre o óleo diesel. Acolhendo reivindicação do
setor produtivo e lideranças das entidades do comércio e indústria, em junho de
2018 o Governo do Estado reduziu o ICMS de 17% para 12%, mas cobrou das
distribuidoras e postos de revenda de combustíveis que esse benefício fosse
estendido aos consumidores. Em 2015, quando a administração estadual praticou
essa redução por um período de seis meses, a diminuição da alíquota do Imposto
não chegou na ponta, no tanque dos veículos e no bolso do cidadão.
MS é um dos seis estados que
aplicam a alíquota de 12% para o óleo diesel. E de acordo com a pesquisa da ANP
feita na segunda semana deste mês, o Estado tem o oitavo menor preço médio para
este combustível: preço médio de R$ 3,838. Em Paraíba o valor cobrado gira em
torno de R$ 3,846; São Paulo (R$ 3,855); Amazonas (R$ 3,872); Goiás (R$ 3,902)
e Minas Gerais, R$ 3,916.
Informações Assessoria Governo MS