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Josh Wander vê "Vasco completamente novo" e diz: "Criar elenco vencedor demora anos"

Início: 14/04/2024 09:46 | Fim: 16/04/2024 14:46
Dono da 777 Partners admite insatisfação com resultados esportivos, pede confiança da torcida e revisita declaração que deu há dois anos, sobre desvantagem financeira em relação ao Flamengo "Este é um Vasco completamente novo e isso ninguém pode negar". Na passagem pelo Brasil, no fim desta semana, Josh Wander falou com exclusividade ao ge. O dono da 777 Partners, grupo que comanda a SAF do Vasco, defendeu a mudança na forma de gerir o clube, que "busca a sustentabilidade financeira". Um projeto de longo prazo, disse o empresário, que contrasta com os péssimos resultados de campo. + O Vasco vai contratar mais? E as buscas por patrocínio e diretor? Há 50 anos, o Vasco venceu o primeiro Brasileirão da história do clube Em resposta a perguntas enviadas por escrito, o executivo usou o termo "novo Vasco" para descrever o ambiente criado pela SAF, que paga os funcionários em dia, organizou os processos internos e tem quitado a dívida que o clube associativo acumulou ao longo das últimas décadas. Na visão do dirigente americano, muita mudança para apenas um ano e meio. - Investir em jogadores é extremamente importante, mas é necessário muito mais do que isso para comandar um clube bem sucedido. Sabemos que precisamos melhorar em termos esportivos, mas eu tenho certeza que teremos um bom desempenho no Brasileirão deste ano. É importante olhar alguns passos atrás, para a situação do Vasco há dois anos. Desde que a 777 chegou, mudamos drasticamente a situação financeira e administrativa do clube em apenas 18 meses - pontuou o executivo, que acrescentou: - Nossos jogadores e todos os funcionários têm sido pagos pontualmente desde que chegamos, o que infelizmente não é comum no futebol brasileiro nas três décadas anteriores do Vasco. Pagamos mais de R$ 100 milhões em dívidas, mais do que estava no planejamento neste momento, e aumentamos os patrocínios e receitas em mais de 100%. Somos um clube operado de forma profissional e responsável, em busca da sustentabilidade financeira. "Deveria ter escolhido minhas palavras com mais cuidado" Mas e o retorno esportivo? Os investimentos da SAF agregaram valor ao time, mas a performance ainda deixa a desejar - no mês passado, o Vasco foi eliminado pelo Nova Iguaçu na semifinal do Campeonato Carioca e escapou do rebaixamento na última rodada do Brasileirão no ano passado. Essa é a principal cobrança dos torcedores, e Josh pede um voto de confiança. Há dois anos, antes de a 777 concluir a compra da SAF, Josh Wander deu uma declaração que criou grandes expectativas no torcedor do Vasco. Na primeira visita ao clube, em março de 2022, o dono da 777 disse que o clássico contra o Flamengo que estava por vir, válido pela semifinal do Carioca daquele ano, seria o "último com desvantagem no orçamento". Hoje, ele admite que as palavras poderiam ter sido melhor escolhidas. - Eu entendo que as expectativas criadas a partir daquele discurso foram altas, mas eu estava dizendo a partir de um ponto de vista de paixão e ambição. Concordo que deveria ter escolhido minhas palavras com mais cuidado há dois anos. O fato é que estamos entre os cinco maiores orçamentos do futebol brasileiro nos últimos dois anos e estamos construindo uma organização autossustentável para um sucesso a longo prazo - considerou o americano. - Os problemas que herdamos não aconteceram em um dia e também não podem ser resolvidos em um dia. Criar um elenco vencedor no futebol demora anos. Olhe para os principais clubes do Brasil, eles construíram um time estável por quatro, cinco anos para ganhar campeonatos. O que eu quero enfatizar para os torcedores é que estamos no caminho certo para recolocar o Vasco no lugar a que ele pertence - completou ele. Josh chegou ao Brasil na sexta-feira, quando se reuniu com Pedrinho, presidente do clube associativo. O encontro foi um pedido do ex-jogador, que não está satisfeito com a gestão da SAF e com a relação distante com o CEO Lúcio Barbosa. A posição do americano foi de reconciliação. - O que nos une é o amor pelo Vasco, e isso deveria ser mais forte do que qualquer desentendimento que possamos ter. Eu considero qualquer pessoa que quer o melhor para o Vasco como um aliado. Por isso, eu sinceramente espero que nossos times possam trabalhar juntos, ao mesmo tempo em que respeitem o fato de que nossa equipe liderada pelo Lúcio Barbosa é quem toma as decisões finais - afirmou Josh Wander. LEIA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA: ge: em menos de dois anos como SAF, o Vasco já trocou de diretor de futebol duas vezes. Você acredita que a empresa precisa rever os processos para que o trabalho funcione melhor? Josh Wander: independentemente de quem está no comando do departamento de futebol, existe um plano de longo prazo para o Vasco que levamos muito a sério. Nós colocamos em prática um processo para melhorar a maneira em que investimos em jogadores para sermos mais eficientes e para termos os resultados em campo que todos nós queremos ver. É claro que existe espaço para melhorar e continuaremos a refinar o processo continuamente. Dito isso, nosso primeiro diretor de futebol trabalhou mais de um ano para reformular o elenco e nos ajudar a subir para a Série A. Ele atingiu essa meta, mas sentimos que era o momento de trazer um novo líder para o departamento. Com nosso segundo diretor de futebol percebemos rapidamente que não ia funcionar pelos motivos que o Lúcio explicou na época e então decidimos seguir por outro caminho. Uma das promessas da 777 é investir em infraestrutura e renovar os centros de treinamento da base e do profissional. Porque essas obras ainda não começaram? O trabalho já começou e está em andamento, mas sabemos que não é o suficiente. Estamos comprometidos em continuar melhorando nossas instalações. Qualquer um que vá para o CT Moacyr Barbosa pode ver as mudanças na experiência do jogador, e dentro de São Januário as acomodações da base foram totalmente reformadas. Já gastamos cerca de R$ 10 milhões e estamos trabalhando para começar a solução de longo prazo ainda neste ano. Na sua carta para os torcedores, você elogiou os pagamentos de mais de R$ 100 milhões em dívidas. Isso está indo de acordo com o planejado para que o clube se torne autossustentável no futuro? Como eu disse, nós estamos adiantados em relação ao que havia sido planejado. Ser autossustentável não é apenas pagar dívidas no prazo. Requer uma transformação holística do modelo de negócio. Por isso, estamos focados em aumentar receitas, para ter um orçamento balanceado e sermos conscientes dos custos. Neste novo Vasco, prestamos atenção em cada centavo que gastamos para que haja eficiência e os resultados esportivos sejam maximizados. Não estamos satisfeitos com os resultados esportivos até o momento. Nosso objetivo em 2023 era se manter na Série A e, mesmo conseguindo isso, nenhum de nós ficou feliz que nosso destino foi decidido no último jogo. Estamos trabalhando para sermos cada vez mais competitivos e eu acredito que temos uma comissão técnica e elenco para conseguir isso. Eu assisto a todos os jogos. Confio no elenco e na comissão técnica e acredito no time que construímos. O que você acha que é o maior sucesso da 777 com o Vasco até aqui? E qual é o maior erro? O maior sucesso é um Vasco totalmente reorganizado. O que conseguimos fora dos gramados é extraordinário e eu tenho total confiança de que estamos construindo as bases para que o futebol tenha sucesso não por acaso, mas de maneira constante e consistente. Sobre os erros, temos uma cultura interna de sempre melhorar e aprender lições. O New York Times definiu a 777 como uma “empresa misteriosa” que sofreu com problemas financeiros. O que tem a dizer sobre este assunto? Estar envolvido com futebol neste nível traz uma grande atenção, mas é difícil ver tantas acusações falsas sendo feitas sobre nossa empresa. Eu estou confiante de que vamos ser julgados de forma justa por nossas ações ao longo do tempo. Por Bruno Murito e Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro



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