Volante Guilherme Madruga, de 22 anos, marcou uma pintura de bicicleta pela 14ª rodada da Série B contra o Novorizontino. A história de Guilherme Madruga é daquelas que até parecem clichês, ideal para roteiristas de filmes conhecerem e produzirem obras com o intuito de emocionar o público brasileiro. Nascido no interior do estado do Mato Grosso do Sul em 2000, o jovem volante do Botafogo-SP, indicado ao Prêmio Puskas de gol mais bonito em 2023 não teve uma infância nada fácil, e precisou lutar muito para conquistar seu espaço no futebol. Ainda com 14 anos, o jogador saiu da casa de seus pais e foi morar com os avós, na capital mato-grossense, em busca de uma oportunidade de fazer o que ama: jogar futebol e mudar a realidade de seus familiares. E foi em um “Jogo das Estrelas”, ocorrido em Campo Grande, que Madruga teve a chance de conhecer dois personagens importantes em sua trajetória profissional: Marcelinho Carioca e Biro-Biro, ambos ídolos do Corinthians. Na época os ex-atletas levaram o volante para realizar um teste no Corinthians, o que não deu certo na época. sem desistir do sonho de se tornar jogador de futebol, Madruga conseguiu uma oportunidade com a camisa do Ipatinga, onde disputou alguns campeonatos na categoria sub-15. Passado um tempo, ainda nas categorias de base, o volante defendeu as cores do José Bonifácio, ainda no interior de São Paulo, até que em 2017, o jogador teve a sua primeira grande oportunidade na carreira ao ser contratado pelo Desportivo Brasil, de Porto Feliz-SP. Entre 2017 e 2020, Madruga defendeu as cores do Dragão Chinês e aprimorou muito o seu futebol. Volante de boa marcação e muita entrega em campo, o jogador 42 partidas e marcou quatro gols em sua primeira passagem pelo time do Desportivo Brasil. Indas e vindas de Madruga até a chegada no Botafogo-SP Como em toda a carreira de jogador de futebol, a trajetória de Guilherme Madruga passou por altos e baixos até conquistar o tão almejado “lugar ao sol”. Após a primeira passagem pelo Desportivo Brasil, o volante se transferiu para o Catanduva para a disputa da 4ª divisão do futebol paulista em 2021, porém, disputou somente sete partidas e voltou ao Dragão, por onde disputou mais 12 jogos, marcando um gol. Em 2023, o jogador foi contratado pelo Botafogo de Ribeirão Preto para a disputa do Campeonato Paulista, e foi no Pantera que o jogador conseguiu encontrar o seu melhor futebol. O volante se firmou como titular do time sob o comando de Paulo Baier no começo deste ano, e manteve sua posição como cabeça de área do Pantera até o momento na temporada. Defendendo as cores do time Tricolor, Madruga disputou 37 jogos, deu uma assistência, e marcou até aqui, um dos gols mais espetaculares de 2023, indicado inclusive ao Prêmio Puskas de gol mais bonito do ano em 2023. Madruga concedeu entrevista exclusiva à Trivela e revelou que o seu nome nada tem a ver com o famoso personagem de Ramón Valdez do icônico seriado Cháves. Pelo contrário, é nome de família, que desde sempre apostou e confiou na capacidade de Guilherme em se tornar jogador de futebol. Eu cresci no interior do Mato Grosso do Sul. Com 13 anos, meu pai me jogou para a capital Campo Grande para morar com meus avós e tentar o futebol. O sonho dele era ser jogador de futebol Acredito que meu pai seja muito feliz por cada conquista minha. Eu me entrego por esse sonho, que é de nós dois. Aliás, não só o meu pai. Minha mãe, meu irmão, minha família toda, revelou o atleta. Bicicleta de fora da área é a imagem do ano em Ribeirão Preto Madruga não é um jogador ofensivo, pelo contrário, a grande virtude do camisa oito do Botafogo-SP é o poder de marcação do atleta, o volante tem um dos melhores índices de desarme do Campeonato Brasileiro da Série B, praticamente dois por jogo. Por este motivo, não é muito comum ver o meio-campista marcando gols, entretanto, o que o atleta protagonizou no dia 27 de junho deste ano, simplesmente parou a cidade de Ribeirão Preto, rodou o mundo, e agora concorre ao prêmio de gol mais bonito da temporada. A partida era entre Novorizontino e Botafogo-SP, válida pela 14ª rodada da Série B de 2023. Na marca dos 37 minutos do primeiro tempo. Madruga, que estava com uma touca de proteção em sua cabeça, percebeu o goleiro Jordi adiantado, e simplesmente virou uma bicicleta, autêntica, perfeita, porém um detalhe – de fora da área – para encobrir o goleiro do Tigre do Vale e marcar um golaço espetacular, que garantiu a vitória do Pantera por 1 x 0. Madruga contou do sentimento de ter marcado tal golaço, e também da expectativa de ser um dos premiados como gol mais da temporada, revelando que o lance continua muito fresco em sua memória. Estou muito feliz por concorrer ao Prêmio Puskás, um dos mais importantes do futebol mundial. É uma sensação indescritível. A indicação ao Puskás vai mudar minha vida, mas não posso me iludir. Sou muito pé no chão, tenho que trabalhar muito para retribuir ao clube que confia no meu trabalho. Sou um jogador dedicado, empenhado e quero honrar muito essa camisa, já que o clube me abriu as portas para jogar a Série B do Brasileiro, um Paulistão e a Copa do Brasil. Sou novo e quero ter uma carreira maravilhosa. A expectativa é a melhor possível e conto com o apoio dos torcedores botafoguenses, com a população de Ribeirão Preto e com todo o Brasil para me ajudar a ganhar esse prêmio. Peço que todos os amantes de futebol votem no meu gol de bicicleta. Quero trazer esse prêmio novamente para o Brasil após oito anos. O Brasil é apaixonado por futebol, disse o jogador Madruga afirma que gol de bicicleta valeu mais do que ser artilheiro de uma temporada Guilherme Madruga é um jogador que pode não aparecer muito em campo, mas cumpre uma função importante na sustentação defensiva do Pantera. O atleta entende muito bem a responsabilidade de sua função em campo, auxiliando o time na fase defensiva, possibilitando que os laterais Patrick Brey, e Ericson, ou Thassio, tenham liberdade para avnçar no campo. Por isso, cada gol marcado por Madruga equivale a uns dez de qualquer atacante, no caso deste gol de bicicleta marcado há quase três meses é equivalente a 50, 60 gols na temporada. Isso, segundo palavras do próprio volante a Trivela. Sem dúvida, o gol de bicicleta contra o Novorizontino foi o mais bonito da minha carreira. Esse gol valeu demais até porque ganhamos o jogo e quebramos uma sequência negativa que tínhamos na época. Quero também enaltecer meus companheiros, que sempre me ajudaram, aconselharam e apoiaram. O gol está fresco na minha memória porque vejo várias vezes e muita gente ainda comenta. Estava de costas para o gol e com dois adversários me pressionando. Assim, minha única alternativa para finalizar era tentar uma bicicleta. Fui muito feliz e acertei o ângulo do goleiro adversário. Realmente foi um golaço Fonte Trivela.



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