Início: 08/09/2022 09:36 | Fim: 09/09/2022 00:36
Gol de Pratto no primeiro tempo faz com que o time aumente a voltagem de atuação que até ali era protocolar. Pedro se destaca mais uma vez e bom segundo tempo levanta a arquibancada
Uma classificação com direito a um susto suficiente para fazer o Flamengo acordar e garantir a festa prevista para a noite de quarta-feira no Maracanã. Com 100% de aproveitamento no mata-mata, a equipe está na terceira final de Libertadores em quatro anos.
O 2 a 1 diante do Vélez esteve longe de apresentar um Flamengo da primeira prateleira desde a chegada de Dorival Júnior. E vamos ser sinceros? Nem precisava. O 4 a 0 da partida de Buenos Aires tornou o jogo da volta protocolar, o que justifica a lentidão da equipe nos 45 minutos iniciais.
A vaga iminente fez com que o Flamengo entrasse em campo menos acelerado do que de costume e sofresse para encontrar espaços na defesa argentina. O Vélez apresentou maior organização do que no jogo em casa, congestionou o meio e usou as laterais nas saídas em velocidade criando problemas.
O Flamengo voltou a apresentar a lentidão na saída de bola do jogo de domingo contra o Ceará. Quando o time chegava ao ataque, via Pedro, Cebolinha, Ribeiro e Arrascaeta encaixotados, o que dificultava os passes entrelinhas de Vidal e João Gomes.
João, por sinal, foi um dos que mais tentou encontrar soluções, fosse com tabelas ou jogadas de ultrapassagem. Só quando Ribeiro deu um passo atrás e encontrou espaço que o jogo fluiu.
A essa altura, porém, o Vélez já tinha aberto o placar com Lucas Pratto se antecipando a Pablo para escorar cruzamento. A jogada começou em desarme sofrido por Arrascaeta justamente em um dos momentos onde tentou recuar para ter mais a bola nos pés.
Em cruzamento de Ribeiro pela direita, Pedro cabeceou no primeiro pau para decretar o empate e dar mais tranquilidade para Dorival arrumar o time no intervalo. A vaga nunca esteve ameaçada, mas a torcida queria motivos para incendiar a festa. Foi o que aconteceu na volta para o segundo tempo.
Com Ribeiro e Arrascaeta mais próximos de Rodinei e Filipe Luís, Vidal e João Gomes mordendo na intermediária ofensiva, e Cebolinha e Pedro por dentro, o Flamengo voltou a ser o time agressivo que o torcedor se acostumou. Foi o suficiente para enumerar chances desperdiçadas e levantar a arquibancada.
Rodinei deu a profundidade característica pela direita, e criou chances que Arrasca e Pedro perderam em boa condição. A virada era questão de tempo e assim foi.
Eleito o melhor em campo pela quinta vez na Libertadores, Pedro colocou a bola entre as pernas do adversário antes de servir Marinho, que acertou chutaço de canhota: 2 x 1. E festa liberada.
Com seis vitórias em seis jogos, 17 gols marcados e somente dois sofridos no mata-mata, o Flamengo é finalista da Libertadores mais uma vez. Próxima parada: Guayaquil. Dia 29 de outubro, o rival é o Athletico-PR, no Equador.
Por Cahê Mota — Rio de Janeiro
08/09/2022
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