Verdão apresenta problemas no empate com o Fortaleza e vê os rivais se aproximarem na briga pela liderança às vésperas do encontro com o São Paulo pela Copa do Brasil O empate com o Fortaleza por 0 a 0 encerrado por falta de luz é o resultado mais normal da sequência de três partidas sem vencer do Palmeiras no Brasileiro. Mas com um desempenho que apresentou problemas, o time de Abel Ferreira viu a gordura que tem na ponta diminuir mais um pouco. Até a 13ª rodada, o Verdão tinha três pontos de vantagem para o vice-líder e sete para o primeiro time fora do G-4. Mas veio a sequência contra Avaí, Athletico-PR e Fortaleza, que agora deixa o Verdão com um ponto de frente para o segundo colocado, o rival Corinthians, e três para o quinto, o Athletico-PR. Com a disputa da Libertadores e Copa do Brasil encavalando o calendário, o Palmeiras perdeu chances importantes de até aumentar a vantagem na primeira colocação e ter mais tranquilidade. No Castelão, enfrentou o forte calor na capital cearense e um ambiente de empolgação/afobação da torcida, já que o Fortaleza é o lanterna do Brasileiro e já está a sete pontos de sair da zona de rebaixamento. Empurrado pela torcida que faz muita festa, o time tricolor começou apertando o Palmeiras e até abriu o placar, mas o lance foi anulado pelo VAR após toque de mão na origem da jogada. Os primeiros minutos foram de domínio do time da casa, enquanto o Verdão, sem os poupados Gustavo Gómez (que nem viajou) e Raphael Veiga (no banco), não conseguia responder. A situação começou a acalmar a partir do momento que o Verdão teve mais a bola. Mas o time de Abel Ferreira, então, encontrou outra dificuldade: o gramado ruim do Castelão. O Palmeiras forçava a maioria das jogadas por dentro, com a bola no chão, mas com o campo irregular foram muitos erros de passes e escorregões que atrapalhavam na tomada de decisão. Gustavo Scarpa, por exemplo, errou 18 passes (acertou 28). Atrás, Luan e Piquerez fizeram partidas inseguras e tiveram imenso trabalho nos lances de velocidade do ataque do Fortaleza. Weverton, assim, foi o grande nome palmeirense no jogo. Por conta do desgaste pelo clima abafado e pensando, também, na gestão de energia pelo calendário, Abel Ferreira fez trocas, e o Verdão ao longo do segundo tempo começou a encontrar mais espaços. Breno Lopes teve a bola do jogo, mas finalizou em cima de Fernando Miguel. Sem Rony, que sentiu um incômodo e deu lugar ao garoto Gabriel Silva, o Palmeiras dependia de uma transição bem feita para buscar a vitória, mas não pôde terminar o jogo diante da queda de energia no estádio. Ficou com o resultado que não chega a ser ruim, afinal o Fortaleza, mesmo sendo lanterna, é uma equipe forte em sua casa, mas o desempenho não foi bom, em meio a um cenário que dificultou, também. O palmeirense mais otimista sonhava nesses três jogos fazer sete pontos, mas o Verdão conseguiu apenas dois. Para estes confiantes, a liderança ao menos permanece com a equipe alviverde. Mas a possibilidade de ter uma folga maior neste momento era valiosa, já que o calendário só vai ficar mais apertado e é muito difícil se manter na briga pelos três títulos. Vem aí, inclusive, um jogo de alta carga de emoção e importância: o clássico com o São Paulo, quinta-feira, no Allianz Parque. O Palmeiras precisa reverter a derrota por 1 a 0 no Morumbi para seguir às quartas de final da Copa do Brasil. E na segunda que vem volta o Brasileiro. A gordura que está indo embora vai fazer falta. Por Thiago Ferri — Fortaleza 11/07/2022



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