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99% recuperado, Hudson vive últimos dias de Fluminense e espera propostas no mercado

Início: 23/01/2022 11:04 | Fim: 25/01/2022 11:04
Já em clima de despedida, volante faz balanço de sua passagem no clube, mostra gratidão e deixa mensagem aos tricolores: "Peço desculpa pelos momentos que não foram como torcida esperou" Em meio à pré-temporada do Fluminense no CT Carlos Castilho, um jogador em especial vive o antagonismo do início de trabalho de 2022 ser o fim de um ciclo: Hudson. Com contrato renovado só até o próximo dia 31 de janeiro, para concluir a recuperação da grave lesão no joelho direito, o volante de 33 anos já vive um clima de despedida nas Laranjeiras e espera por propostas agora que ficará livre no mercado: – Eu e meu empresários optamos por focar muito na recuperação, de procurar estar 100% o máximo possível, para que quando isso acontecesse, e agora está muito perto de acontecer, a gente pudesse ouvir o que os clubes pensam, esperar aparecer alguma coisa mais concreta. Porque é difícil você se colocar à disposição de qualquer clube sendo que você está em processo de recuperação. Esse processo está terminando agora, e a gente acredita que agora vai ficar tudo mais fácil. O volante sofreu uma grave lesão no ligamento cruzado anterior do joelho direito em 2 de maio, no jogo de ida da semifinal do Campeonato Carioca contra a Portuguesa no Luso-Brasileiro. Depois de duas semanas de tratamento pré-cirúrgico, ele foi operado no dia 19, e desde então foram oito longos meses de recuperação, que o fizeram perder praticamente toda a temporada de 2021. - O Hudson sempre foi um atleta comprometido e dedicado. Não poderíamos esperar outro comportamento dele no pós-cirúrgico. Ocorreu normalmente, sem intercorrência nenhuma. Ele vem recuperando todas as funções, toda força muscular. Hoje já participa de coletivos, está em plena atividade e com uma alta performance - garantiu Douglas Santos, chefe do departamento médico tricolor e responsável pela cirurgia do volante. Em entrevista ao ge, Hudson garantiu que não há nenhuma mágoa com a diretoria e mostrou gratidão ao Fluminense, clube no qual chegou em 2020 e se sente parte do processo de reconstrução. Ao todo, foram 48 jogos, um gol (veja no vídeo acima) e três assistências. O volante, que foi uma das lideranças no vestiário tricolor, fez um balanço de sua passagem, deixou uma mensagem para a torcida, com direito a pedido de desculpas (veja no vídeo no topo da matéria), e prometeu continuar torcendo de longe por esse grupo que, em sua opinião, está "cada vez mais perto dos títulos". Confira a entrevista na íntegra: ge: Como está sua recuperação? Hudson: – Vou te falar que estou 99%, viu? Não tive férias praticamente, trabalhei bastante até porque eu precisava disso. Tive um pouco de dificuldade para ganhar força, mas graças a Deus consegui pegar bastante nas férias. E agora estou começando a ser inserido junto do grupo, aos treinos táticos, joguinhos, confrontos... Coisas que ainda não tinha feito ano passado. Isso está me deixando cada vez mais confiante, mais solto. Sem medo, né? Acho que o início é muito receoso de uma dividida, de um lance assim. Mas os testes físicos estão indo muito bem com a fisiologia, preparação física, agora é só pegar ritmo mesmo e confiança para nesse finalzinho ficar 100%. Foi a lesão mais difícil da sua carreira? – Foi, com certeza. É uma coisa que todo jogador teme, mas você só tem noção mesmo quando você sofre a lesão. Nosso médico, inclusive, o Dr. Ricardo, sofreu essa mesma lesão e está tratando lá agora, tem um mês. Ele virou para mim e disse: "Hudson, eu já operei 50 joelhos na minha vida, mas é a primeira vez que estou tendo noção de como é essa recuperação". Então, realmente é uma lesão séria, que demanda tempo. O enxerto demora a se firmar, se estruturar, e você tem que fazer um trabalho diário de muita perseverança e força. Porque para você notar um resultado demora 10, 15 dias. – Tem que ter bastante resiliência, graças a Deus sem nenhuma intercorrência, como foi no meu caso. Porque costuma ter inflamação, às vezes o cara rompe o menisco depois... Graças a Deus não tive nenhum problema maior, mas foi um momento de superação. É aquilo, sempre te deixa mais forte de um jeito ou de outro. Deixa o mental mais forte e faz você valorizar ainda mais as coisas. É tudo um recomeço agora, né? – Com certeza. Ainda mais eu, que estou em fim de contrato, vou para um próximo desafio... Então para mim está sendo literalmente um recomeço com 33 anos (risos). Como está sendo viver essa reta final no Fluminense, nesse ciclo que está se encerrando? – Eu sou muito grato ao Fluminense de todos os jeitos. Da maneira como me trataram o tempo todo durante a recuperação. Foram homens comigo, honraram os compromissos. E o grupo, estafe, jogadores, tem um ambiente muito bom. Isso já foi falado algumas vezes por outros jogadores, o ambiente do Fluminense é muito bom. Isso deixa a gente mais à vontade. Por mais que eu já saiba que não vou continuar no clube, eles procuram me deixar o mais à vontade possível, inserido mesmo nas atividades com os outros atletas... Isso tudo torna muito mais fácil essa despedida. Você participa de todas as atividades então? – Eu participo normal. Claro que, assim, ele (Abel) vai fazer uma preparação para um jogo-treino: jogar o time A contra o time B. Logicamente se sobrar algum jogador, serei eu. Mas tirando isso, todos os outros treinamentos eles procuram me inserir neles para que eu esteja participando, e para ajudar na minha recuperação também. Qual balanço você faz de sua passagem pelo clube? – Cara, é um balanço positivo com certeza na minha carreira. O Fluminense é um clube gigantesco, a gente não pode negar isso, tem uma história muito vitoriosa. Lembro perfeitamente quando o Odair (Hellmann, treinador), o Mário (Bittencourt, presidente) e o Paulo Angioni (diretor executivo) me ligaram em dezembro de 2019 para fazer o convite, falando que tinham um projeto de colocar o clube na Libertadores novamente, voltar a brigar contra os grandes clubes, fazer boas campanhas... – Eles tiveram dificuldades financeiras o tempo todo, mas sempre foram muito transparentes. Acho que foi o clube de mais transparência eu percebi, principalmente quando se tem essa dificuldade que o Fluminense teve. Não é à toa que hoje eles conseguem pagar os salários em dia, e a gente sabe que isso é muito difícil no futebol, pela situação financeira que os clubes têm. – O primeiro ano para mim, claro, foi melhor, porque joguei, cheguei a ser capitão várias vezes... Tive a honra, mesmo sendo um campeonato simbólico, de levantar o troféu da Taça Rio, naquele campeonato onde teve aquela briga toda de volta ou não volta por causa da pandemia. E em 2021 foi um ano mais difícil, por causa da lesão também. Mas, cara, sou muito feliz, acho que foi uma passagem importante na minha carreira. Aprendi muito, cresci muito e sou muito grato a tudo que o Fluminense me proporcionou. Qual foi o principal momento? Aquela final da Taça Rio? – Acho que é. Nos clássicos a gente conseguiu sair vitorioso, nós sabemos da importância que têm os clássicos aqui e da qualidade do time do Flamengo, principalmente nos últimos anos. Dessas vezes a gente conseguiu sair vitorioso, eu participei de algumas delas. Acho que esses clássicos foram os ápices. Claro que a gente queria muito mais, sempre quer muito mais, mas se vê que o Fluminense está cada dia melhor. O time de 2021 era melhor que o de 2020, e o de 2022 tem tudo para ser o melhor dos últimos anos, pelos reforços que chegaram. Independentemente de ficar ou não, minha torcida vai ser sempre porque é um grupo especial, diferente e que foi muito importante para mim. Até onde acha que o Fluminense pode chegar em 2022? – Acho que esse grupo agora está mais encorpado, chegaram jogadores experientes que podem dividir um pouco dessa carga com o Fred. A gente sabe que o Fred carrega um peso muito grande por ser o maior ídolo, ter uma história muito grande ali, mas chegaram jogadores para ajudar isso nele, disputar a Libertadores... Então a gente acredita que isso tudo vai ser importante para que o Fluminense suba mais um degrau na temporada e esteja mais perto de disputar os títulos e conquistá-los. Tem um treinador que já conhece o clube muito bem, já foi vitorioso aqui. Lógico, não há fórmula exata no futebol, mas essas coisas juntas tendem a dar muito certo. E o Fábio? Vocês jogaram e foram campeões juntos no Cruzeiro... – Já rolou resenha. Fábio é um goleiro excepcional, a gente sabe da qualidade dele debaixo da trave. Lá no Cruzeiro, quando joguei com ele, salvava o time várias vezes. A gente acredita que ele vai ajudar muito o Fluminense mesmo, acho que o Mário foi muito feliz nessa contratação. É um cara de grupo, que vai enriquecer, dar mais experiência ainda. Fica alguma mágoa com Fluminense ou São Paulo por não renovarem seu contrato? – Não, de jeito nenhum. A gente entende o processo, são ciclos que acontecem. No São Paulo, quando me reemprestaram para o Fluminense, tinha o desejo do Fluminense e o São Paulo topou, eu já percebi que naquele momento o ciclo no São Paulo já tinha terminado. E aqui, como joguei muito pouco, eles fizeram outras contratações, e a gente percebeu também que o ciclo também havia terminado. Acaba que são dois ciclos por dois times grandes na minha carreira terminando, mas de eterna gratidão. – O São Paulo principalmente, acho que tenho quase 200 jogos, também fui capitão diversas vezes, joguei com grandes jogadores, foi o clube que me projetou no cenário da elite do futebol brasileiro. É difícil até exemplificar, porque independentemente de ter sido emprestado algumas vezes isso nunca vai mudar. Primeira coisa a gente tem que ser grato, e eu sou. Já recebeu alguma proposta? – Eu e meu empresários optamos por focar muito na recuperação, de procurar estar 100% o máximo possível, para que quando isso acontecesse, e agora está muito perto de acontecer, a gente pudesse ouvir o que os clubes pensam, esperar aparecer alguma coisa mais concreta. Porque é difícil você se colocar à disposição de qualquer clube sendo que você está em processo de recuperação. Esse processo está terminando agora, e a gente acredita que agora vai ficar tudo mais fácil. Você está com 33 anos. Planeja jogar mais quantos? – Não tenho um planejamento em si. Acho que o futebol, nessa fase que estou, ele vai te mostrando o caminho. Enquanto eu me sentir bem fisicamente, acreditar que eu possa ter uma alta performance para render, vou continuar. Se vão ser dois, três anos... Podem ser quatro, não sei. Acredito que não vou chegar a um Nenê da vida (risos). Hoje eu penso assim, mas esses caras falam que é ano a ano. – Joga um, aí vê: "Dá para jogar mais um?" Esses caras são assim. Só que o Nenê hoje tem 40 e fala que quer jogar mais três anos (risos). Esse é fominha mesmo, impressionante. Mas eu não, quero viver ano a ano, sentir o mercado também e parar de uma forma saudável, com saúde mental também. Estou no terço final (da carreira), isso eu tenho certeza, mas quero parar de uma maneira tranquila. exterior, sendo realista isso dificulta o mercado de fora para mim, principalmente por causa da minha idade também. Mas estou sempre aberto às oportunidades que aparecem, não sou de fechar a porta para ninguém, não. Se arrepende de alguma coisa nesses dois anos no Fluminense? – Arrependimento não. As lesões que eu tive são coisas que a gente não controla. Por exemplo, eu machuquei em uma semifinal de Campeonato Carioca, pode acontecer com qualquer jogador em uma dividida. Não me arrependo de nada, pelo contrário, se tivesse que fazer tudo de novo faria. Claro que buscaria fazer as coisas ainda melhores dentro da possibilidade minha e do clube. Deixa um recado para a torcida tricolor. – Quero agradecer fielmente mesmo, fui muito bem recebido no Fluminense. Houve alguns momentos de insatisfação, eu sei disso. Peço desculpas pelos momentos que não foram como a torcida esperou, mas sempre fui um cara muito sério, respeitei muito o clube e sempre tive muita responsabilidade. Procurei ajudar os jovens, o Fluminense, participei em 2020 de um bom campeonato brasileiro... – Acho que os clubes respeitam bastante o Fluminense hoje. Como sempre respeitaram, mas eu fiz um pouco de parte disso, e eu agradeço sempre. A torcida é apaixonada, acostumada sempre a brigar por títulos e conquistar, tem que ser exigente mesmo. Ali tem jogadores capacitados, a gente acredita muito que vão dar alegrias para eles, como eles merecem. Fica meu agradecimento. Por Thiago Lima — Rio de Janeiro 23/01/2022



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