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Análise: erro de Andreas ficará na história, mas não pode esconder um Flamengo que ofereceu pouco pelo tri

Início: 28/11/2021 10:11 | Fim: 29/11/2021 10:11
Tal qual em Lima, equipe demora para entender competitividade da partida, sai atrás e tem atuação condicionada por defesa bem postada do Palmeiras. Andreas era um dos melhores até bola perdida Difícil falar de um jogo decidido por um erro individual. Andreas Pereira teve papel determinante no título do Palmeiras na Libertadores e sabe disso - tanto que pediu desculpas em meio ao pranto sem fim na noite de sábado. Mas a justiça da vitória verde vai além e passa por um fator que repete Lima-2019: competiu mais do que o Flamengo. Seja pela autossuficiência técnica, seja por características de jogo, o Flamengo se comportou por boa parte dos 120 minutos como se jogasse uma partida de pontos corridos do Brasileirão. Não à toa, quando deu por si já perdia por 1 a 0. Tal qual no Peru quando contou com o predestinado Gabigol para virar um jogo onde pouco produziu, o Flamengo parecia entrar mais fraco nas divididas e fazer mais força para jogar. A impressão era de que sempre os jogadores do Palmeiras tinham maior liberdade e espaço para construir. A final da Libertadores é um típico caso onde os números dizem muito pouco do que foi o jogo. O Flamengo teve maior posse de bola (64% x 36%), finalizou mais (19 x 10), mas praticamente não deu trabalho a Weverton. Tanto que o Palmeiras concluiu na direção do gol seis vezes, enquanto os rubro-negros apenas duas. O clichê indica que em uma final de 90 minutos os detalhes fazem a diferença, e o detalhe do Centenário foi um Flamengo que entrou em campo para sentir o jogo e um Palmeiras que absorveu o clima de uma final antes do apito inicial. O time de Abel Ferreira já estava mais firme nas divididas e ciente do que fazer quando Gustavo Gomez lançou Mayke que rolou para Veiga escorar para o gol. O lance já mostrava um Flamengo desarrumado e com Filipe Luís fora dos 100%. O lateral praticamente não é visto no lance onde Mayke supera Bruno Henrique para dar a assistência. Com 1 x 0, o jogo ficou dos sonhos para o Palmeiras. Bem fechado, o time verde alternativa linhas de quatro e de cinco defensivas para fechar os espaços de um Flamengo que teve muitos jogadores bem abaixo do esperado. Éverton Ribeiro, Bruno Henrique e Arrascaeta fizeram muito pouco para furar a retranca, e coube a David Luiz e Andreas encontrar espaços. A falha decisiva do volante se torna ainda mais cruel justamente por isso. Nos 90 e poucos minutos de bola rolando, foi Andreas o melhor jogador rubro-negro. Quem mais chamou a responsabilidade e tentou criar algo. A entrada de Michael na vaga de Éverton Ribeiro no segundo tempo era até óbvia para abrir um time que insistia em jogar por dentro. A capacidade de criação, por sua vez, seguia pouca, até que Gabigol saiu da área para tabelar com Arrascaeta e empatar na reta final do segundo tempo. Foi quando o Flamengo ficou mais perto de vencer. Michael recebeu passe longo e limpo para invadir a área e chutar cruzado. Errou o alvo. Vacilo quase tão grande quanto o de Andreas minutos depois, mas pouco lembrado. Com Kenedy na vaga de Bruno Henrique, o Flamengo tentou ganhar fôlego, mas nem teve tempo de arrumar a equipe. O apagão de Andreas tornou Deyverson herói e a América verde. O 2 a 1 do Palmeiras caiu no time do Flamengo como um ato final. Por mais que tivesse mais de 20 minutos pela frente, o time perdeu forças, a arquibancada também, e a equipe ficou sem o tricampeonato. Venceu o time que mais competiu e menos errou. Fica a dica aos rubro-negros para o ano que vem, quando disputará novamente uma vaga na decisão em Guayaquil. Por Cahê Mota — Montevidéu, Uruguai 28/11/2021



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