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Análise: Fluminense se impõe após mexidas, arranca rara virada e faz as pazes com torcida no Maracanã

Início: 15/11/2021 12:58 | Fim: 16/11/2021 18:58
Marcão arruma time com as substituições e vê equipe crescer no segundo tempo, ganhando gás na reta final do Brasileirão. Até então, única virada tricolor havia sido em julho, ainda com Roger Enfim, o Fluminense fez as pazes com o seu torcedor. Após o "climão" contra Fortaleza, Atlético-GO e até Sport, os tricolores presentes no Maracanã sofreram no primeiro tempo, mas deixaram o estádio em festa. E nada mais justo. Afinal, além dos três pontos em si (contra um dos principais elencos do Brasileirão), a equipe voltou a virar uma partida após mais de quatro meses. Graças, é claro, ao herói Yago, autor dos gols da vitória por 2 a 1 sobre o Palmeiras, mas também das mexidas de Marcão, que soube consertar os próprios erros da escalação inicial. Até então, a única virada tricolor na competição havia sido ainda sob o comando de Roger Machado, em 10 de julho, na 11ª rodada: 2 a 1 sobre o Sport, na Ilha do Retiro. A intrigante escalação e seus reflexos no primeiro tempo Entre desfalques e ideias táticas, Marcão promoveu cinco mudanças na equipe para este domingo: Luccas Claro no lugar de Nino (suspenso); Wellington no de André (poupado); Caio Paulista no de Luiz Henrique (lesionado); e Jhon Arias e Fred nas vagas de Cazares e John Kennedy (ambas por opção). Apesar de mexer em "meio time", o que se viu em campo, mais uma vez, foi um Fluminense pouco competitivo, passivo na marcação, lento nas transições e com pouquíssimo poder de fogo. Ora escalado como ponta, ora como armador, Arias parece ainda não ter encontrado seu papel em campo, o que é de certa forma compreensível, visto que não tem sequência no time, tampouco em uma posição específica. A princípio, a ideia era povoar o meio de campo com o colombiano ao lado dos três volantes. Na prática, porém, a equipe voltou a se comportar no 4-3-3, com dois atacantes abertos e Fred centralizado. A falta de variação tática, inclusive, salta aos olhos. Apesar das duras críticas da torcida em relação à entrada de Wellington, que, de fato, foi inesperada, o trio da frente deixou mais a desejar. Enquanto Arias parecia perdido, Caio Paulista e Fred erraram tudo. E não é de hoje que a dupla vive fase ruim, o que faz questionar: por que a insistência? Assim como o ataque, a defesa também "batia cabeça", e o Palmeiras aproveitava. Não que fosse um massacre, longe disso, mas tinha mais domínio e chegava com mais perigo. Aos 27 minutos, então, a equipe foi coroada com um golaço de Dudu de fora da área. Depois do gol, o Fluminense tentou se impor e pressionar a saída de bola. Mas de forma ineficiente. Enquanto apenas dois ou três atletas subiam a linha de marcação, o restante da equipe seguia postado muito atrás, formando um buraco no meio-campo e facilitando a troca de passes do adversário. Mudanças na segunda etapa: de peças, de postura e de placar São raras as vezes que Marcão mexe no time ainda no intervalo. Neste domingo, porém, o treinador tratou de agir rápido (e a torcida agradece). Na volta para o segundo tempo, Arias e Caio deram lugar a Lucca e Biel. O segundo, que não jogava há mais de um mês, foi inclusive um dos pontos positivos. Antes mesmo de saber como o Fluminense iria se comportar com as mudanças, a estrela de Yago brilhou e o volante contou com desvio em Luan para empatar o jogo. O gol inflamou não só a torcida, mas também os jogadores. A postura foi outra: não mais a apática do primeiro tempo, mas, sim, uma agressiva de quem sabe que pode ser mais competitivo no Brasileirão. A partir daí, só deu Flu. Os jogadores se organizaram em blocos mais compactos e passaram a dar menos espaço para o Palmeiras, ganhando também mais volume e velocidade nas subidas ao ataque. Martinelli e Yago tiveram papel importante nessa mudança de chave, assim como Gabriel Teixeira, que se movimentou, deu opção e outro dinamismo na frente. Aos 27, Marcão voltou a mexer, enfim, optando pelas opções mais "lógicas": Nonato e John Kennedy nas vagas de Wellington e Fred, respectivamente. Dez minutos depois, foi a vez de Cazares entrar no lugar de Martinelli. A virada, então, saiu após tabela muito bem trabalhada de dois jogadores acionados do banco: Nonato e Cazares – sem tirar o mérito, é claro, de Yago, que acertou um belo chute de fora da área. Fazia tempo que não se via o Fluminense trabalhar a bola no meio de campo e criar jogadas com movimentação e qualidade no passe. Deu gosto. Com o resultado, o Tricolor se manteve em oitavo lugar na tabela do Brasileirão, com 45 pontos, mas viu sua distância para o G-6 diminuir de cinco para quatro. A próxima partida está marcada para quarta-feira, contra o Juventude, às 20h30 (de Brasília), no Alfredo Jaconi. Considerações finais É indiscutível a qualidade técnica, a liderança e a idolatria de Fred, mas suas últimas atuações não justificam sua escalação, principalmente, com John Kennedy pedindo passagem. O jovem tem dado outra dinâmica ao ataque, com velocidade e movimentação, dois "ingredientes" que muitas vezes faltam ao Fluminense; Ainda sobre o camisa 9, também não é justificável a "falta de controle" em certos momentos. É veterano, líder, capitão, mas anda "caindo muito na pilha" adversária; Os dois gols de Yago coroam a entrega do volante em campo. É bem verdade que já viveu fase melhor, mas nunca deixou de se doar. É guerreiro como a torcida gosta; A vitória deste domingo dá moral e gás, mas não pode ser só mais um lampejo do time no Brasileirão. Antes tarde do que nunca, o Fluminense precisa mostrar regularidade e espantar o apelido de "Robin Hood" já contra o Juventude. Por Paula Carvalho — Rio de Janeiro 15/11/2021



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