Início: 01/09/2021 19:00 | Fim: 03/09/2021 19:00
Zagueiro também rechaça qualquer tipo de atrito com Cano: "Não tivemos problema. Sou um capitão que resolve as coisas internamente"
Em sua primeira coletiva depois de muitos meses, além de abordar a vitória sobre a Ponte Preta e o momento do Vasco, Leandro Castan foi perguntado sobre um episódio polêmico. No dia em que o clube anunciou uma série de ações em apoio ao movimento LGBTQIA+, cuja principal homenagem seria enfrentar o Brusque com uma camisa com a faixa nas cores do arco-íris, Castan fez postagem bíblica com o seguinte trecho "Sejam férteis, multipliquem-se e encham a terra".
O Vasco venceu por 2 a 1 o Brusque em 27 de junho, e o time atuou com a camisa alusiva à causa LGBTQIA+. Nesta quarta-feira, o zagueiro - que não havia concedido entrevistas desde aquele jogo - explicou a sua postura no dia da partida.
- Eu sou o primeiro a respeitar a instituição e o torcedor. Tenho gratidão pelo Vasco. No momento no qual expus o que acredito, quando eu fui, teoricamente, obrigado a vestir uma camisa, acho que algumas pessoas não gostaram. Mas eu respeito a todos e também acho que tenho de ser respeitado.
Castan também tratou de rechaçar qualquer tipo de atrito com Cano. Após fazer o primeiro gol do Vasco diante do Brusque, o argentino ergueu a bandeira do arco-íris para comemorar, em gesto que foi imortalizado em camisa feita pelo clube.
- Sei que tem gente que pega no meu pé, que fala que estou mal. Mas os números estão aí. Sou muito crítico. Teve um jogo nesta temporada que fui mal, o contra o São Paulo. Então, sei que parece que aquele jogo valeu por 20. Sei que tem relação com o episódio do Brusque. Ficou marcado para mim. Eu, como cristão, processando a minha fé, é aquilo que eu penso. Não ficou nenhum desconforto. Muitos falaram que teve problema comigo e com o Cano. Não tivemos. E, se tivemos, resolvemos no vestiário. Não sei a que tipo de capitão as pessoas estão acostumadas.
Castan afirmou que se espelha em jogadores com os quais atuou ao longo da carreira para exercer a sua liderança perante o grupo.
- Eu sou um capitão que resolve as coisas internamente. Não sou o cara que vai brigar na frente de todo mundo para querer aparecer. Tenho algumas referências, como Totti, do De Rossi, do Ronaldo e do Roberto Carlos. São líderes com os quais trabalhei. Procuro usar esses caras como espelho. É claro que não sou perfeito. Vou errar. A gente resolve as nossas coisas dentro de vestiário. Pode ter certeza de que aqui no Vasco nunca faltou cobrança e respeito.
Por Redação do ge — Rio de Janeiro
01/09/2021
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