Timão só venceu um de seis jogos na Arena no Brasileirão; próximo rival é o Flamengo Mesmo depois de perder para o Fortaleza, o torcedor do Corinthians teve uma semana de céu com a possibilidade do retorno de Renato Augusto e a contratação confirmada de Giuliano. Mas se fora de campo houve motivos para sorrir, dentro a realidade bateu forte: derrota por 2 a 1 para o Atlético-MG, neste sábado, na Neo Química Arena. O Corinthians atual, este montado por Sylvinho para o momento de austeridade financeira, não consegue bater de frente com times competitivos. Não por 90 minutos. Contra um dos candidatos ao título, a derrota foi justa e merecida. O cobertor do time, por enquanto, ainda é muito curto. Em números, o tropeço é trágico: foi a terceira derrota do Timão na Neo Química Arena. Antes, havia perdido para Atlético-GO e Red Bull Bragantino. Também em casa, empatou com São Paulo e Internacional. Até agora, só venceu o Sport. O próximo rival em Itaquera? O Flamengo, em 1º de agosto. A falta de resultados deixa o Timão estacionado na tabela: o time amanhece o domingo na 12ª posição com 14 pontos, mas pode ser ultrapassado pelo Juventude, que tem 13 e pega o Inter. O próprio Colorado, com 11, também terá a chance de colar na pontuação corintiana. Bom primeiro tempo Mesmo com inferioridade técnica, o Corinthians fez uma primeira etapa boa. No 4-5-1, marcou com precisão, evitou chegadas do time do Atlético-MG e coordenava sua subida de linha para pressão com enorme entendimento. Com rapidez, ocupava o campo de ataque e deixava o Galo longe de Cássio. Mas não foi só de defesa que viveu o Timão nos primeiros 45 minutos. Após roubar uma bola de Nathan no meio-campo, Cantillo ligou Gustavo Mosquito e o atacante marcou o primeiro gol do jogo. Fato que colocou mais uma vez o jovem jogador como principal destaque do elenco corintiano. Com saída em três (zagueiros + 1 volante) e laterais bem enfiados no campo de ataque, o Galo teve mais posse de bola, amplitude, mas pouco atacou. A única chegada aconteceu após erro do Timão no meio, que causou enfiada de Hulk e chute perigoso de Nathan. O time, porém, manteve o 1 a 0. Segundo tempo atleticano Cuca mexeu no Atlético-MG, e o time melhorou. Eduardo Sasha substituiu Nathan, ficou como referência e mandou Hulk para a faixa direita do campo, atacando contra Mateus Vital e Fábio Santos. O Galo cresceu em volume desde os primeiros minutos, passou a enfileirar chances, exigiu defesas milagrosas de Cássio e empatou em cobrança perfeita de falta de Hulk. Sylvinho mexeu com Vitinho na vaga de um apagadíssimo Mateus Vital e botando o fôlego de Marquinhos na vaga de Mosquito. Pressionando, o Timão mostrava muita dificuldade para criar chances. Suas duas melhores saíram em erros: numa bola mal afastada pela defesa, Marquinhos chutou para fora. Depois, após bate e rebate, Jô ficou na cara de Everson e, na segunda tentativa, acertou o pé da trave. O castigo veio perto do fim, em nova escapada, vacilo dos meio-campistas e bola mal tirada por Fábio Santos. Hulk, de pé direito, fez o 2 a 1 que colocou o clube mineiro na briga pelo topo da tabela. Saldo e futuro A derrota joga mais pressão para Sylvinho diante da opinião pública: embora tenha um time com pouca capacidade ofensiva neste momento, o técnico não tem sido eficaz em mantê-lo no ritmo nas duas etapas, o que tem custado caro. Além disso, tem feito substituições de pouquíssimo efeito. Diante do Galo, Luan e Araos deixaram o banco para jogar os instantes finais, apenas após Hulk marcar o segundo gol. Substituições de desespero que, no fim das contas, não serviram de nada. O Timão atraiu o Atlético-MG para o seu campo e não encontrou solução para evitar a derrota anunciada. Pela segunda vez, Sylvinho terá uma semana longa para trabalhar. No dia 26, visita o Cuiabá. Diante de um time que briga contra o rebaixamento, a tendência é de maior posse de bola e domínio territorial. Talvez seja o momento de criar uma nova estrutura ofensiva, já adaptando para o que virá depois. Com pelo menos um reforço garantido. Contra o Flamengo, dia 1º de agosto, o time já deve contar com Giuliano. E, possivelmente, com mais algum reforço que volte a levar o torcedor para o céu das expectativas. Por Marcelo Braga — São Paulo 18/07/2021



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