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Análise: com reservas, Seleção joga só um tempo, e Paquetá é quem melhor aproveita chance

Início: 28/06/2021 11:50 | Fim: 29/06/2021 17:50
Ataque canarinho vai mal e Equador impõe dificuldades pelo alto em empate em 1 a 1, na última partida da fase de grupos da Copa América; Brasil perde embalo, mas não favoritismo A seleção brasileira encerrou a participação na primeira fase da Copa América, neste domingo, no empate em 1 a 1 com o Equador, com a sua pior atuação até aqui no torneio. Porém, as circunstâncias em que o tropeço aconteceu atenuam o desempenho abaixo da média. Com o Brasil já classificado para as quartas de final e tendo assegurada a liderança do Grupo B, o técnico Tite decidiu poupar seus principais jogadores - entre eles Neymar - e promoveu 10 mudanças na escalação em relação à vitória sobre a Colômbia, na última quarta. Apenas Marquinhos foi mantido como titular. Mesmo carecendo de maior entrosamento, a Seleção fez um primeiro tempo razoável, em que não deu espetáculo, mas teve o controle quase total de partida, conseguindo sair na frente do placar. No segundo, levou o empate e praticamente não jogou. Tite montou o Brasil num 4-4-2 / 4-2-4, bem móvel. Roberto Firmino foi mais camisa 10 do que 9, recuando bastante para ajudar a levar a bola ao ataque. Os laterais Renan Lodi e Émerson tinham liberdade e, em alguns momentos, atuavam quase como pontas, sobretudo o esquerdo, que já no primeiro minuto de jogo invadiu a área e reclamou de pênalti não marcado. Colados às linhas laterais, eles alargavam a defesa equatoriana e ofereciam opções de passe a Fabinho (que teve boa atuação) e Douglas Luiz, encarregados da iniciação das jogadas. Mas quem melhor aproveitou a oportunidade foi Lucas Paquetá. O meia, que já tinha ido bem nos duelos recentes contra Paraguai e Colômbia, foi o melhor em campo e ganhou pontos na briga pela titularidade. Posicionado na faixa direita do ataque e centralizando em diversas ocasiões, Paquetá deu passes açucarados para Gabigol, no primeiro tempo, e Vini Júnior, no segundo, desperdiçarem ótimas chances. Ele também ajudou na pressão na saída de bola adversária e não hesitou em arriscar chute de média distância. O gol brasileiro saiu com Éder Militão em um lance de bola parada, importante arma ofensivas da seleção de Tite, mas a falta só foi ocasionada por boa movimentação de Paquetá e avanço de Émerson. As coisas pareciam caminhar para a 11ª vitória consecutiva da Seleção, mas o cenário mudou a partir da saída de Renan Lodi, machucado, logo aos três minutos do segundo tempo. Danilo, que entrou no lugar dele, cochilou na marcação, e o Brasil levou o empate em um vacilo coletivo da defesa, numa jogada em que a bola ficou viva na entrada da área após cobrança de escanteio. Foi pelo alto, aliás, que o Equador complicou a vida brasileira. Foram nada menos do que 26 cruzamentos na área canarinho. Aos poucos, os equatorianos foram adiantando a marcação, equilibraram a posse de bola e passaram à frente no número de finalizações. Terminaram com 8 a 7, diante de um Brasil que nem de longe demonstrou a concentração e entrega de outros momentos. Sem Lodi, a Seleção perdeu uma importante válvula de escape. Tite explicou depois da partida que preferiu utilizar Danilo em vez de usar Alex Sandro, reserva natural da posição, porque o lateral-esquerdo estava pendurado e poderia ser suspenso caso fosse amarelado. O treinador estava de olho no mata-mata, mas também em dar rodagem a alguns atletas, caso de Vini Júnior, que até então tinha disputado apenas nove minutos na Copa América. O jovem do Real Madrid, no entanto, não correspondeu. Ele entrou na ponta esquerda, e Éverton Cebolinha passou o lado oposto, no pior momento do Brasil no jogo. Depois, Tite tentou uma nova injeção de ânimo com as entradas de Éverton Ribeiro e Richarlison, mas pouco mudou. O melhor ataque da competição desta vez não funcionou. O ponto negativo deste empate fica por conta de Gabigol, que mais uma vez lutou, se mexeu, mas foi pouco acionado. Ainda parece faltar coordenação nos movimentos do atacante rubro-negro com os de seus companheiros, o que torna improvável a presença dele no time titular na reta final da competição. O Brasil pode ter perdido o embalo, mas não o favoritismo ao bicampeonato da Copa América. O primeiro dos três desafios que separam a Seleção do título será na sexta, contra Chile ou Uruguai, novamente no péssimo gramado do Nilton Santos. Por Bruno Cassucci — São Paulo 28/06/2021



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