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Inspirada em Ronda, Luana Pinheiro estreia no UFC contra "maior desafio da vida"

Início: 01/05/2021 12:16 | Fim: 02/05/2021 15:16
Invicta desde 2017, judoca encara Randa Markos, sábado, em Las Vegas e sonha quebrar paradigmas: "Não é porque você gosta de se arrumar, de se maquiar, que não pode lutar" A brasileira Luana Pinheiro estreia, neste sábado, no UFC, em Las Vegas (EUA), diante de Randa Markos, pelo peso-palha. E a paraibana traz ao octógono algumas credenciais: soma oito vitórias e uma derrota no MMA, é faixa-preta de judô e está embalada pelo nocaute no primeiro round, sobre Stephanie Frausto, no Contender Series, que lhe assegurou um contrato com o Ultimate. Inspirada em Ronda Rousey - que também migrou dos tatames para o octógono -, Luana Pinheiro tem na concentração da ex-campeã do UFC um ponto de similaridade com a americana, conforme conta em entrevista exclusiva ao Combate. - Ela era muito focada. Cada pessoa tem um jeito, tem gente que entra dançando, falando com o público, dando tchau.... A Ronda entrava muito focada, preparada para a missão. Isso é uma coisa que eu sempre carreguei comigo, não só no MMA , mas no judô também. Eu ia lutar, já mudava a cara: "Vou para a guerra". Isso é uma coisa que eu sempre admirei dela, mas que sempre carreguei comigo também. Os fãs podem esperar uma Luana agressiva, com vontade. Lá dentro é para matar ou para morrer, eu sou assim - explicou a atleta, oriunda de uma família de judocas. No MMA desde 2016, Luana Pinheiro assinou contrato com o UFC após atropelar Stephanie Frausto, no primeiro round, no Contender Series, em novembro de 2020. Sem perder desde 2017, ela enfrentará um nome conhecido em sua estreia no Ultimate: Randa Markos. E é por isso que classifica a adversária como o teste mais duro da carreira. - A Randa é o maior desafio da minha vida, porque é bastante experiente. Quando ela estava lutando na primeira luta de MMA, eu estava sonhando com a disputa de uma Olimpíada no judô. Então, ela está nesse meio há bastante tempo, eu tenho muito respeito por ela, mas acredito que agora é o meu momento, estou bem animada, treinando bastante. A Randa procura mais a luta agarrada, que é o que eu fiz a minha vida inteira, então estou preparada. Se ela vier trocar comigo, o boxe é uma coisa que eu me dedico muito, então também estou pronta. Claro que é melhor finalizar a luta no primeiro round ou no segundo, mas vou para dar o meu melhor, o importante vai ser a minha mão levantada no final da luta. Luana, que atualmente integra a equipe Nova União, do Rio de Janeiro, ao lado do namorado, o também lutador do Ultimate, Matheus Nicolau, espera que a visibilidade proporcionada pelo UFC inspire outras meninas que veem as arte marciais mistas como profissão. Ela acredita que, por não se encaixar no estereótipo de lutadora de MMA, possa servir de espelho para as próximas gerações. - Quando eu entro no táxi com roupa de treino na mochila, o motorista pergunta: "Você dá aula?". Eu respondo: "Não, sou atleta de MMA". E o cara: "MMA?!". Fica chocado, é engraçado, porque todo mundo fica surpreso. E falam: “Ah, mas sua orelha é normal, você não tem cara de quem luta”. E eu: "Tem muito lutador que tem a orelha normal". É legal estar mudando essa imagem do MMA feminino. Hoje tem bastante menina que você olha assim e nem fala que luta. Na academia onde eu treino, há muitas mulheres que malham e, quando ficam sabendo que luto MMA, isso as incentiva a fazer um boxe, muay thai, jiu-jítsu. Elas veem que não é coisa de homem, que mulher também pode fazer. Não é porque você gosta de se arrumar, de se maquiar, que não pode lutar. Você pode fazer o que você quiser. Isso é muito legal porque eu sirvo de inspiração pra todas as mulheres, é muito bacana. Por Evelyn Rodrigues e Marcelo Barone — Las Vegas, EUA 01/05/2021



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