Atacante de 19 anos perdeu o pai e o avô, vítimas da Covid-19 durante a semana, e pediu para o técnnico para "ocupar a cabeça" Ricardinho festejou a vitória do Grêmio por 1 a 0 no Gre-Nal deste domingo, na Arena, pelo Gauchão. O centroavante fez homenagens ao seu pai e avô, ambos vítimas da Covid-19, nas camisetas usadas no jogo. O roteiro vivido pelo garoto na última semana emocionou o técnico Renato Portaluppi após uma conversa antes do clássico. Na última terça-feira o pai de Ricardinho, Ricardo Viana, faleceu vítima da Covid-19. Dois dias depois o avô José Alfredo Luis França faleceu também por complicações da doença. Na madrugada de domingo, após o clássico, o atacante se manifestou para agradecer o apoio recebido. — Como todo mundo sabe, aconteceram coisas na minha vida pessoal, o falecimento do meu pai e do meu avô. Agradecer a todos os profissionais de saúde, que todos os dias estão enfrentando esse vírus. Vocês sempre dão forças para a família, tentaram fazer de tudo para o meu pai e meu avô ficar bem e infelizmente não deu certo. Quero agradecer também a todos amigos, torcedores gremistas, todo mundo que desejou força para mim. Sem as milhares de mensagens, acho que eu não teria força para entrar em campo. Quero agradecer ao Grêmio, todos os funcionários, desde o faxineiro até ao presidente, meus companheiros de equipe — disse Ricardinho. A força que tenho aprendi com meu pai, que sempre foi muito forte, e com meu avô. Carrego o nome do meu pai com muito orgulho no peito e vou honrar nossa família como ele sempre fez. Muito obrigado e dá-lhe Grêmio! — Ricardinho O jovem jogou com uma camiseta com uma foto com os dois e os dizeres: "tudo por eles". Além disso, ao invés de usar o apelido Ricardinho nas costas, ostentou Ricardo Viana, nome que compartilha com o pai. Ricardinho foi liberado das atividades pelo Grêmio durante a semana. Retornou na quinta, antes do previsto. Conversou com o técnico Renato e pediu para ficar. O motivo? Seguir em busca de realizar o sonho do pai e do avô. Todo o drama do garoto emocionou o treinador. — O Ricardinho é um garoto especial, que se entrega. A gente torce para que vença na profissão. Passou uma semana muito triste. Eu tive uma conversa boa com ele, procurei dar o ombro para que ele pudesse falar. Perguntei se ele queria dias a mais de folga. Ele usou uma expressão que me deixou com vontade de chorar: 'Vou continuar trabalhando para ocupar a minha cabeça e realizar o sonho do meu pai e do meu avô'. Aquilo me mexeu, foi forte — declarou o treinador. O elenco gremista treinou na manhã deste domingo no CT Luiz Carvalho. Na próxima segunda-feira a delegação inicia a viagem para Quito, no Equador. O jogo de ida da terceira fase da Libertadores, contra o Independiente del Valle ocorre na quarta-feira, às 19h15, no estádio Casa Blanca. Por Eduardo Moura, Redação do ge — Porto Alegre 04/04/2021



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