Faça o seu PEDIDO DE MÚSICA

Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:

Tocando Agora:

Publicidade Publicidade

D - GESTÃO  - março aaa

Publicidade Publicidade

A- DENGUE-março aaa

Em longa reunião, Vasco trabalha cenário de Série B e perda de até R$ 100 milhões em receitas

Início: 23/02/2021 07:11 | Fim: 25/02/2021 10:11
Diretoria prevê déficit de pelo menos R$ 80 milhões com rebaixamento; Salgado concederá coletiva sexta-feira, mas vice de marketing se pronuncia: "Não falharemos dessa vez" Em longa reunião realizada em São Januário entre 15h e 19h desta segunda-feira, Jorge Salgado, todos os vice-presidentes do clube, o CEO Luiz Mello e o executivo de futebol Alexandre Pássaro sentaram-se para planejar o cenário da Segunda Divisão, já que o Vasco está virtualmente rebaixado no Campeonato Brasileiro. Quando elaborou o Plano de 100 dias e posteriormente o Plano de 15 dias para tentar salvar o clube da degola, a diretoria sempre trabalhou com a permanência na elite do futebol brasileiro. Os resultados não vieram, e o iminente rebaixamento teve efeito de "meteoro", termo utilizado durante o encontro desta segunda-feira, no Vasco. Com o "impacto meteórico", não restou outra alternativa à direção. A pauta principal da reunião foram sim os impactos da Série B. O mais significativo deles é a estimativa de uma perda que varia de R$ 80 milhões a R$ 100 milhões em receitas. A questão financeira norteou a conversa, tanto que Adriano Mendes, VP de Finanças e Estratégia, e sua equipe apresentaram diversos cenários. Entre eles estão corte de pessoal e de despesas, mas fundamentalmente uma reforma estrutural. Salgado e seus vices saíram da reunião com a impressão de que, embora tenham de administrar uma "tragédia" representada pelo rebaixamento, a crise vai obrigar a remodelagem de todo o funcionamento do clube com uma extensa reforma estrutural. A diretoria prioriza dentro dessa transformação proposta mudanças no estatuto, melhoria no relacionamento com o sócio e se tornar um clube sustentável. O grupo entende que tal atitude não foi tomada especialmente nos três últimos anos e, por isso, o Vasco está à beira do quarto rebaixamento. VP de marketing, Vitor Roma, que esteve na reunião, manifestou-se via Twitter. Não fez alusão direta somente à gestão de Alexandre Campello, mas também às de Roberto Dinamite e Eurico Miranda, que participaram dos outros três rebaixamentos. - Como vascaíno, nesse momento a dor é profunda. Todo o sentimento de indignação e tristeza da torcida é absolutamente legítimo. A torcida é a razão de ser do Vasco e todo sentimento que vem dela é sagrado. Vamos trabalhar e muito pra promover as mudanças necessárias para que o Vasco retome o seu lugar de protagonista. - O clube teve três chances para se reconstruir e falhou em todas. Não falharemos nessa. Tentamos dar condições para que este grupo saísse dessa: duas folhas em 20 dias, Benítez por empréstimo, treinador e diretor de futebol; nos esforçamos para dar a estrutura que precisavam (Atibaia, concentração integral, bichos, voo fretado, etc). A equipe não conseguiu reagir. É hora de falar pouco e entregar muito. E mesmo assim será menos do que a torcida do Vasco merece depois de tantos anos sofrendo. A mudança definitiva começa agora - afirmou Roma. O presidente Jorge Salgado só falará oficialmente na próxima sexta-feira, quando concederá entrevista coletiva já com o cenário da próxima temporada desenhado. Ele provavelmente dividirá a mesa com Carlos Roberto Osório e Roberto Duque Estrada, primeiro e segundo vices-presidentes respectivamente. Essas palavras de Roma reforçam o sentimento da nova diretoria do Vasco. Para eles, a conta que o clube está pagando não é dessa gestão. No entendimento de Salgado e seus pares, o problema advém da tumultuada eleição de 2018, na Lagoa, quando Campello foi eleito após ruptura com Julio Brant. Luxa e elenco de 2021 ainda indefinidos Embora Alexandre Pássaro, homem forte do futebol, tenha participado da reunião para traçar metas com vistas à Série B, pessoas que estiveram no encontro garantem que o futuro de Vanderlei Luxemburgo ainda não foi definido. Cortes de atletas ou contratações para o plantel que disputará a próxima temporada também não foram definidos. Salários sem previsão Outra preocupação que Jorge Salgado sempre reforça em entrevistas é a necessidade de manter os salários em dia. Atualmente o débito do clube com atletas e funcionários é de três meses: dezembro, janeiro e o 13º. A última folha, aliás, venceu nesta segunda-feira em acordo formal feito entre diretorias anteriores e o grupo de colaboradores. A possibilidade de diminuir essa dívida foi aventada durante a reunião, o departamento financeiro tratou do tema, mas todos saíram com a impressão de que não haverá pagamentos até sexta-feira. O Vasco contava com a premiação que todos os clubes que permanecem na Série A têm direito para pagar os débitos com funcionários e departamento de futebol. O 16º colocado, por exemplo, leva R$ 11 milhões. Com o planejamento voltado para a Série B, a direção terá de ir atrás de outros recursos para tentar quitar essa pendência. Esperança viva de impugnar Vasco 0x2 Inter O departamento jurídico também teve papel importante na reunião desta sexta-feira. Fizeram uma longa apresentação de como pretendem impugnar a derrota por 2 a 0 para o Internacional, sofrida no último dia 14. Na ocasião, Rodrigo Dourado marcou gol em posição duvidosa, e não houve checagem pelo VAR. O Vasco ainda não recebeu o material da CBF com os áudios e vídeos do VAR daquela partida. Vale lembrar que no último sábado o STJD intimou a entidade que controla o futebol brasileiro a encaminhá-lo ao clube. A direção entende que, dependendo do que receberá e consequentemente utilizará como prova, é possível, sim, anular o jogo entre Vasco e Internacional. Por Fred Gomes, Hector Werlang e Marcelo Baltar — Rio de Janeiro 22/02/2021



brasil