Os últimos dias no mundo do futebol foram diferentes, afinal, o que antes parecia impossível ou ao menos improvável deve acontecer: Lionel Messi vai deixar o Barcelona. Essa informação pegou a todos “desprevenidos” e causou espanto, no entanto, depois do susto, surgiram as críticas, os rumores e também os questionamentos, como, por exemplo, se esse é o momento ideal para o camisa 10 deixar o Camp Nou. De fato, o cenário não é bom: a temporada 2019/20 foi um fracasso total dentro e fora de campo, o que ficou claro com a troca de técnico no meio calendário, com os problemas no lançamento do novo uniforme, com os “balanços” de Quique Setién, com o vexatório 8 a 2 sofrido para o Bayern de Munique nas quartas de final da Champions League e com vários os tumultos no solo catalão. Porém, embora o ambiente não seja o “ideal”, Messi precisa olhar para frente. Aos 33 anos, o camisa 10 simplesmente não tem tempo para esperar uma nova reconstrução no Barcelona. Este, que para voltar ao seu mais alto nível, vai precisar se reinventar: o seu antigo modo de jogar, o qual o clube apostou que reencontraria com Setién, morreu. Agora (mais do que nunca), assim como o argentino, o Barça deve olhar para o futuro, comemorar o passado, moldar o presente e olhar para frente. Portanto, independentemente de o momento ser ou não o melhor para essa repaginada, é preciso dar o próximo passo e, ao que tudo indica, para Messi, esse passo é para fora da Espanha, o que até pode deixar algumas cicatrizes na história do gênio no Camp Nou – “deixou o clube em seu pior momento” –, mas nada que manche ou arranhe o que ele fez para essa instituição catalã. A história vai cuidar disso. É claro que o processo vai ser doloroso para o clube e também para o jogador, mas, no fim das contas, talvez seja melhor assim, com cada um recomeçando ao seu estilo e ritmo. A roda do tempo girou e a ‘lua de mel’ vivida entre os dois acabou: é hora do adeus, um triste, inoportuno, mas necessário adeus. msn



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